• Orientações
  • O cotidiano de uma secretária de telemarketing
  • Atividade Wiki

A ideia central desta atividade é aguçar a percepção quanto a presença das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na vivência contemporânea na qual o contexto escolar está imerso.

De "tabela", se proporcionará, também, a ambientação a duas funcionalidades disponibilizadas no fisicaemrede.com: (a) o uso do presente recurso Tab Display que permite distribuir em abas um determinado conteúdo e (b) a atividade Wiki que permite a elaboração coletiva de textos.

Dito isso, realize o seguinte procedimento:

  • Avance para a aba "O cotidiano de uma secretária de telemarketing" e leia o texto lá disposto;
  • Lido o texto, avance para a aba "Atividade Wiki" para ler as instruções da atividade que poderá lhe servir de inspiração para a construção do texto referente à primeira parte de seu ANEXO 4.

Suponha o seguinte retrato1  de um dia de trabalho de uma pessoa, desde seu despertar. 


Ela acorda com um relógio despertador, que mede o tempo pela contagem de pulsações de um cristal de quartzo, feita por um chip eletrônico, que é um microcircuito integrado a um cristal semicondutor. Vai direto ao banheiro, onde ralos, pia e vaso sanitário são providos de sifões hidráulicos, para reter odores. Toma um banho, com água que vem de um reservatório dotado de bóia e registro e que passa por um chuveiro elétrico, um resistor sob uma tensão de 220 V, mas que, no apartamento vizinho, circula por um aquecedor de passagem, um tubo metálico sobre um queimador a gás.

Em dúvida sobre que roupa vestir, procura se informar da previsão do tempo, no noticiário das 7 horas. Se fosse assinante de TV a cabo, poderia ver um canal especializado, cujo sinal lhe chegaria por uma rede de fibras ópticas; como não é, a antena coletiva do prédio leva até seu receptor o sinal, em freqüência modulada, transmitido pelas ondas eletromagnéticas a partir da emissora de TV aberta. Ela aciona e desliga o aparelho usando um controle remoto de raio infravermelho.

Prepara então seu café, fervendo a água em fogão a gás, com botijão de GLP (gás liquefeito de petróleo) protegido por válvula de segurança, sensível a variações abruptas de pressão. Tira o pacote de leite UHT (tratado em ultra-alta temperatura) do refrigerador, cujo ciclo térmico usa motor-compressor elétrico e tem controle automático de degelo. Põe uma fatia de pão na torradeira, outro simples resistor como o do chuveiro, mas com tensão de 110 V e provido com termostato de par metálico. Esquenta um pouco de leite na própria xícara, colocando-a em um forno que só esquenta alimentos úmidos, pois faz uso de um feixe de microondas, com freqüência de oscilação igual à das moléculas de água. No visor, de cristal líquido, registra o tempo de somente 40 segundos, para evitar a ebulição e o derramamento do leite.

Pronta para sair, pega seus óculos, com lentes que combinam correção esférica para miopia e cilíndrica para astigmatismo; abre e fecha a porta do apartamento com sua chave, uma alavanca de latão temperado, que se encaixa e faz girar o fecho mecânico, cujo segredo está registrado em um pequeno tambor de cobre. Chama o elevador acionando um botão, que fecha o circuito de um relê, o qual liga um potente motor elétrico, que ergue até seu andar a grande caixa de estrutura metálica; outro motor, menor, também acionado por relê automático, abre a porta do elevador. Prepara-se então para sair à rua, para o incrível desafio do trânsito urbano, com seus automóveis e caminhões, movidos pelos ciclos Otto e Diesel de seus motores a combustão interna, e com os semáforos automáticos orientando o fluxo do trânsito a partir de informações computadas por um sistema central de processamento de dados. Sirenes ensurdecedoras anunciam a emergência das ambulâncias. Lembra-se de ter visto o interior de uma delas, uma verdadeira UTI móvel, onde medidores de pressão arterial, de pulsação cardíaca e de outros dados vitais do paciente estão ligados a um radiotransmissor, que informa o hospital de destino, o qual dá retorno, por teleprocessamento, com instruções sobre os procedimentos médicos durante o trajeto.

Por sorte, nossa personagem não está na ambulância, mas fora dela, e, por mais sorte ainda, pode encurtar parte de seu trajeto usando o metrô. Seu bilhete magnético de trechos múltiplos permite-lhe passar pela catraca eletrônica. Diferentes motores elétricos movem a escada rolante, as portas automáticas dos vagões e o próprio trem, com suas dezenas de toneladas. Para cada motor e cada porta há relês, acionados por sensores mecânicos ou por fotocélulas. Algo ou alguém obstrui o fechamento de uma porta e, automaticamente, o condutor recebe um sinal para que impeça a partida da composição. Os alto-falantes anunciam o problema, e encontra-se uma sacola no vão de uma das portas.

Enfim, ela chega a seu destino, um moderno prédio comercial; câmaras de vídeo controlam o acesso, monitoradas desde a sala de segurança – “Sorria, você está sendo filmado”. Um detector magnético de metais evita que se entre armado. Tem havido protestos, pois até molhos de chave travam a porta giratória, mas já há proposta de instalar raios X para controlar pastas e pacotes, como nos aeroportos. A luz azulada, de vapor de mercúrio, domina os corredores, enquanto a luz mais amarelada, de vapor de sódio, ilumina os escritórios. Senta-se, enfim, em seu posto de trabalho; com uma alavanca controla o mecanismo de altura e inclinação de sua cadeira, adapta fone de ouvido e microfone e cumprimenta, por mensagem de voz, as demais operadoras da central de telemarketing: “Meninas, cheguei!”.

Liga seu computador, conectado a uma rede local e a uma fonte no break, que substituiu os antigos estabilizadores de tensão, protegendo a continuidade do trabalho e evitando interrupções no fornecimento de eletricidade. Antes de tudo, é preciso abrir o e-mail e responder às mensagens da noite anterior, no correio eletrônico. Não importa a distância, as respostas chegam em segundos, à velocidade da luz, a mesma com que chegam, pela Internet, as notícias dos jornais diários ou as conversas nos espaços de chat. Logo tem de atender a duas chamadas ao mesmo tempo, uma no telefone fixo e outra no celular, seu minúsculo transmissor-receptor pessoal de rádio. No celular é uma colega, que a viu chegar pelo circuito fechado de TV, pedindo emprestado o DVD daquele filme de que falaram na véspera; no outro, é o primeiro cliente do dia, querendo saber quanto custaria instalar, em seu sistema, um gravador de CDs. As duas ligações, no mesmo instante, têm a ver com o mesmo assunto: o registro e a reprodução de informações de imagem e som usando feixes de laser. Mais outra ligação, de outro cliente: seu notebook, comprado pela Internet, acaba de chegar, mas está faltando o transformador-retificador para ligá-lo na rede elétrica. Ela lhe explica que não falta nada, pois, no modelo que comprou, a fonte de corrente contínua já está embutida no aparelho.

1BONETTI, M. C.; CANATO JR., O.; KANTOR, C. A.; MENEZES, L. C. Toda a Física: hoje e através de sua história. São Paulo: Pueri Domus Escolas Associadas, 2003b, p. 5-7.


 

O desafio proposto nesta atividade é o de elaborar um texto coletivo acerca da presença das TICs ao longo de um dia de um aluno desta nossa vida contemporânea, desde de seu despertar até o retorno à sua casa após um dia de atividades na escola e outros locais.

Para tanto, a turma será organizada em grupos de 3 ou 4 licenciandos, sendo que em cada grupo se adotará o seguinte procedimento: por cerca de 10 minutos, cada licenciando terá a tarefa de iniciar a escrita do texto, após o que a continuidade da história ficará a cargo de outro licenciando que terá outros 10 minutos para desenvolvê-la e assim sucessivamente até que o último licenciando elabore a parte final do texto, sempre tomando o cuidado da história ter sentido enquanto uma sequência de eventos lógicos. Assim, em um grupo de 3 pessoas, ao final da atividade teremos prontos três textos elaborados da seguinte forma:

  • Texto 1: iniciado pelo licenciando A, continuado pelo licenciando B e concluído pelo licenciando C 
  • Texto 2: iniciado pelo licenciando B, continuado pelo licenciando C e concluído pelo licenciando A 
  • Texto 3: iniciado pelo licenciando C, continuado pelo licenciando A e concluído pelo licenciando B 

Finalmente, concluído cada texto, a atividade termina com o aluno que originou a história, lendo a versão final da história completa. 

Caso você não tenha entendido muito bem o procedimento a ser adotado, não faz mal, pois às vezes é mais fácil entendê-lo na prática. Assim, volte para a aba de atividades do curso, abra a atividade Wiki que inicia com seu nome e siga as orientações do professor.